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30/01/2023 às 16h26
Quatro mitos surpreendentes sobre segurança elétrica
Quatro mitos surpreendentes sobre segurança elétrica

A segurança elétrica é primordial em uma indústria, uma vez que garante a confiabilidade na produção e a mitigação de riscos aos colaboradores. De acordo com recente relatório da Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), apenas durante o primeiro semestre de 2022, entre janeiro e junho, ocorreram 949 ocorrências de origem elétrica no Brasil, os quais são geralmente causados pela falta de segurança elétrica nas instalações. Deste total, 384 pessoas morreram.

Sendo assim, a segurança elétrica de uma planta industrial exige muito mais do que apenas tarefas em um checklist. É necessário o compromisso de todos os funcionários – da administração aos trabalhadores da linha de frente – para manter uma cultura de segurança na totalidade da operação. 

Com o tempo, porém, as interpretações de certos padrões de segurança podem se desviar da intenção original, criando alguns mitos sobre a melhor forma de atender aos requisitos de segurança. Neste caso, é imprescindível atentar-se aos mitos sobre segurança elétrica e saber como agir em relação a eles.

Mito 1: “Inconveniente” é o mesmo que “inviável” quando se trata de desenergizar equipamentos para manutenção

Quatro mitos sobre segurança elétrica que podem surpreender você | Fluke

Não há dúvida de que quase sempre é inconveniente ter de desligar a energia inesperadamente para trabalhar ou realizar manutenção em um equipamento. Porém, isso não significa que seja inviável. 

Administração de Segurança e Saúde Ocupacional (OSHA) apenas permite a execução de trabalhos em circuitos energizados sob certas condições, por exemplo, quando é “inviável” desligar a energia devido a um aumento de risco. No entanto, há uma tendência de permitir que os técnicos operem em circuitos energizados apenas porque é “inconveniente” desligar a energia. Isso adiciona riscos desnecessários que muitas vezes levam a acidentes.

Em situações onde realmente seja inviável desligar a energia, somente eletricistas e técnicos qualificados para manipular sistemas energizados devem realizar o trabalho. Eles precisam tomar todas as precauções, incluindo o uso de equipamento de proteção individual (EPI) adequado e de ferramentas certificadas para as condições enfrentadas.

Mito 2: Quanto mais EPI, melhor

Utilizar EPI e quanto EPI usar não são decisões pessoais. Um componente pode falhar a qualquer momento e disjuntores em perfeito funcionamento podem fracassar repentinamente durante a execução de uma tarefa de manutenção. No caso de um arco elétrico gerado durante a abertura de um gabinete, por exemplo, utilizar o EPI correto pode significar a diferença entre sobreviver ou não. Eletricistas e técnicos devem seguir os padrões detalhados para EPI.

No entanto, exigir que os trabalhadores usem EPI classificado para um nível de risco muito mais alto do que o exigido pelo ambiente não os tornará necessariamente mais seguros. Nem sempre utilizar mais equipamentos de segurança é o melhor, mas sim, utilizar o EPI mais adequado para cada situação. O ideal é realizar uma análise de riscos adequada para equipar os trabalhadores com o EPI correto, ao invés de simplesmente fornecer um que pode prejudicar a destreza do técnico durante a operação.

Além de escolher o EPI ideal, é possível selecionar ferramentas de teste portáteis que foram projetadas para facilitar o apertar de botões. Também é necessário reduzir a quantidade de EPI em alguns casos, equipando os trabalhadores com ferramentas de infravermelho (IR) sem contato, como termovisores, termômetros de infravermelho e sensores de monitoramento sem fio. 

Essas ferramentas permitem que os técnicos capturem dados de fora da zona de arco elétrico. Aliviar a necessidade de trabalhar dentro de um limite de arco voltaico, particularmente ao alternar ou solucionar problemas, aumentará o nível geral de segurança para os trabalhadores. 

Mito 3: Todos os cabos de teste e fusíveis são criados da mesma maneira

Frequentemente, os técnicos consideram as pontas de prova e os fusíveis como componentes básicos, sem avaliar muito a qualidade. Mas, independentemente da qualidade do multímetro, ele é tão seguro quanto as pontas de prova usadas com ele e os fusíveis internos. Esses componentes fornecem proteção crítica contra surtos de energia e picos de tensão que podem causar ferimentos graves ao usuário.

A principal função das pontas de prova é conectar o multímetro digital ao equipamento a ser testado, porém elas também fornecem uma primeira linha de defesa contra eletrocussão. Pontas de prova de baixa qualidade, desgastadas ou não classificadas para o trabalho em questão podem produzir leituras imprecisas e representar um grave risco de choque, caso toquem no cabo errado. 

Portanto, ao escolher as pontas de prova para uma operação, o ideal é buscar:

  • Materiais de alta qualidade e construção robusta;

  • Classificação para a categoria apropriada e nível de tensão da aplicação. Neste caso, a classificação CAT dos condutores deve corresponder ou exceder a categoria do DMM;

  • Partes expostas de metal que correspondam ao potencial de geração de energia de uma medição específica;

  • Sondas retráteis, tampas da ponta da sonda ou sondas com pontas mais curtas para evitar curtos-circuitos.

Além disso, os padrões de segurança atuais exigem que os multímetros digitais contem com fusíveis especiais de alta energia, projetados para manter a energia gerada por um curto-circuito dentro do invólucro do fusível. Essa medida protege os usuários de choques elétricos e queimaduras. Logo, ao substituir fusíveis, o mais adequado é selecionar os de alta energia aprovados pelo fabricante do medidor, uma vez que fusíveis de reposição genéricos e mais baratos aumentam o risco de ferimentos graves.

Mito 4: A única maneira de medir de forma precisa a tensão é por meio de contato com a ponta de prova

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Anteriormente, conectar pontas de prova ou clipes jacaré diretamente a condutores elétricos era considerada a melhor maneira de obter resultados precisos. No entanto, isso exige contato de metal com metal, o que aumenta o risco de arco elétrico e danos potenciais, tanto para a pessoa que faz a medição, quanto para o equipamento que está sendo medido.

Recentemente, foi criada uma nova tecnologia FieldSense, que detecta e mede a tensão sem contato entre peças de metal, isolando a ferramenta de medição da fonte de tensão em teste. As ferramentas de medição da Fluke com a tecnologia FieldSense possibilita que os eletricistas e técnicos façam a medição simplesmente passando um único fio condutor na forquilha aberta da ferramenta de teste portátil. Desta forma, como não estão expostos a pontos de contato com tensão ativa, o risco de choque elétrico e arco voltaico é reduzido.

Garantindo segurança elétrica nas instalações

Os mitos apresentados acima representam apenas uma pequena amostra das questões de segurança a serem consideradas ao operar equipamentos energizados. Porém, a melhor maneira de uma instalação garantir que os funcionários entendam e sigam todos os regulamentos de segurança elétrica relevantes é desenvolvendo e mantendo uma sólida cultura de segurança, baseada nas necessidades e no ambiente dessa instalação específica.

Além disso, a utilização de ferramentas de teste desenvolvidas para otimizar o trabalho dos técnicos e eletricistas é essencial para garantir a segurança elétrica das plantas industriais.

A Fluke conta com diversas ferramentas confiáveis e seguras que viabilizam uma operação mais ágil e consistente, como testadores elétricos, multímetros digitais, alicates amperímetros, entre outras. 

Para saber mais detalhes sobre as ferramentas de segurança elétrica da Fluke, clique aqui.

Leia também:

10 erros a serem evitados para testar eletricidade com segurança

Amperímetros e Multímetros: as principais diferenças entre essas ferramentas de teste

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