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24/09/2019 às 19h06
O aterramento e a instalação elétrica
O aterramento e a instalação elétrica

Apesar do aterramento ser parte importante da instalação elétrica, ainda gera muitas dúvidas na cabeça dos profissionais. As perguntas “por que fazer o aterramento?”, “como fazer o aterramento?” “como garantir um bom aterramento” e a mais recente “como saber se o aterramento está bom se não posso mais utilizar os 10 Ohms como referência?”, fazem parte das principais dúvidas dos profissionais de instalação elétrica.

A primeira etapa antes de responder a estas perguntas é entender que tipo de aterramento você está realizando ou avaliando. Há inúmeras aplicações para os sistemas de aterramentos e, portanto, cada uma delas tem suas funções e características. Por isso, é necessário partir da aplicação do aterramento e as características esperadas para então definir como deve ser o aterramento ou como devemos avaliá-lo.

Aplicações de aterramento

Veja abaixo algumas das aplicações de aterramento:

·         Segurança de pessoas e animais;

·         SPDA – Sistema de proteção contra descarga atmosférica;

·         Aterramento funcional;

·         Aterramento de sistemas eletrônicos;

·         Aterramento de sistemas de proteção contra surto;

·         Aterramento de sistemas de comunicação;

A partir da definição temos outras perguntas para responder. Vamos tomar como referência, o aterramento para prover segurança de pessoas e animais. Normalmente, este tipo de aterramento preocupa-se com a minimização das tensões perigosas de contato e toque e, em alguns casos, a tensão perigosa de passo (veja as definições abaixo).

Passo a passo do aterramento

Para minimizar as tensões de toque, usamos a técnica de equipotencialização, que nada mais é do que deixar tudo que for simultaneamente acessível no mesmo potencial, ou pelo menos minimizar a diferença de potencial. Para garantir essa equipotencialização (veja a diferença entre aterramento e equipotencialização neste artigo), é importante avaliar todas as possibilidades de as partes metálicas serem acessíveis e garantir que estejam interligadas por condutores de equipotencialização.

Checada esta condição, agora é hora de garantir que a tensão de toque não seja superior à tensão limite de segurança. Isso se faz interligando as partes metálicas ao sistema de aterramento que está na terra, chamado de eletrodo de aterramento. Desta forma, é garantido que tensões de toque e contato não apareçam e causem danos à saúde.

Por último, a tensão de passo, que ocorre quando uma tensão é inserida no solo, causando tensões que vão diminuindo à medida que se afastam do ponto de entrada. Esta diminuição vai causando tensões diferentes que podem circular entre duas pernas de um ser humano, ou mesmo as patas dianteira e traseira de um animal. Se isso ocorrer, podemos causar acidentes até fatais. Para reduzir o risco é importante conhecermos os níveis de tensão que poderão acontecer e minimizar estas diferenças de tensão, reduzindo o efeito resistivo do solo.

Este foi um exemplo, mas cada uma das aplicações possui características próprias que iremos discorrer ao longo dos próximos artigos.

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