Apesar do aterramento ser parte importante
da instalação elétrica, ainda gera muitas dúvidas na cabeça dos profissionais.
As perguntas “por que fazer o aterramento?”, “como fazer o aterramento?” “como
garantir um bom aterramento” e a mais recente “como saber se o aterramento está
bom se não posso mais utilizar os 10 Ohms como referência?”, fazem parte das
principais dúvidas dos profissionais de instalação elétrica.
A primeira etapa antes de responder a
estas perguntas é entender que tipo de aterramento você está realizando ou
avaliando. Há inúmeras aplicações para os sistemas de aterramentos e, portanto,
cada uma delas tem suas funções e características. Por isso, é necessário
partir da aplicação do aterramento e as características esperadas para então
definir como deve ser o aterramento ou como devemos avaliá-lo.
Aplicações de aterramento
Veja abaixo algumas das aplicações de
aterramento:
·
Segurança
de pessoas e animais;
·
SPDA
– Sistema de proteção contra descarga atmosférica;
·
Aterramento
funcional;
·
Aterramento
de sistemas eletrônicos;
·
Aterramento
de sistemas de proteção contra surto;
·
Aterramento
de sistemas de comunicação;
A partir da definição temos outras
perguntas para responder. Vamos tomar como referência, o aterramento para
prover segurança de pessoas e animais. Normalmente, este tipo de aterramento
preocupa-se com a minimização das tensões perigosas de contato e toque e, em
alguns casos, a tensão perigosa de passo (veja as definições abaixo).
Passo a passo do aterramento
Para minimizar as tensões de toque,
usamos a técnica de equipotencialização, que nada mais é do que deixar tudo que
for simultaneamente acessível no mesmo potencial, ou pelo menos minimizar a
diferença de potencial. Para garantir essa equipotencialização (veja
a diferença entre aterramento e equipotencialização neste artigo), é
importante avaliar todas as possibilidades de as partes metálicas serem
acessíveis e garantir que estejam interligadas por condutores de
equipotencialização.
Checada esta condição, agora é hora
de garantir que a tensão de toque não seja superior à tensão limite de
segurança. Isso se faz interligando as partes metálicas ao sistema de
aterramento que está na terra, chamado de eletrodo de aterramento. Desta forma,
é garantido que tensões de toque e contato não apareçam e causem danos à saúde.
Por último, a tensão de passo, que
ocorre quando uma tensão é inserida no solo, causando tensões que vão
diminuindo à medida que se afastam do ponto de entrada. Esta diminuição vai
causando tensões diferentes que podem circular entre duas pernas de um ser
humano, ou mesmo as patas dianteira e traseira de um animal. Se isso ocorrer,
podemos causar acidentes até fatais. Para reduzir o risco é importante
conhecermos os níveis de tensão que poderão acontecer e minimizar estas
diferenças de tensão, reduzindo o efeito resistivo do solo.
Este foi um exemplo, mas cada uma das
aplicações possui características próprias que iremos discorrer ao longo dos
próximos artigos.
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