A instalação de um sistema
fotovoltaico requer um projeto feito por um profissional habilitado e com
conhecimento de sistemas desta natureza. É fundamental que o instalador tenha experiência
e conheça os riscos e os sistemas, tanto em corrente contínua como em corrente
alternada. No entanto, antes de colocar uma instalação de sistema fotovoltaico
em funcionamento, é necessário realizar uma verificação completa, que parte da
premissa definida na norma ABNT NBR 5410/2004 – Instalações elétricas em baixa
tensão, especificamente no capítulo 7 – verificação final, como com base na
norma ABNT NBR 16274/2014 – Sistemas Fotovoltaicos conectados à rede –
Requisitos mínimos para documentação, ensaio de comissionamento, inspeção e
avaliação de desempenho no capitulo 5 – Verificação.
Ambas as normas versam nestes itens
de verificação que, geralmente, começam com avaliações visuais e seguem para
ensaios. O objetivo deste artigo é listar os principais ensaios para que o
leitor possa identificar as melhores ferramentas. A verificação visual prevista
em ambas as normas visa avaliar a integridade do sistema e da instalação,
observando conexões, proteções, seções de condutores, dispositivos de proteção
contra sobrecorrente, sobretensão transitória e a corrente diferencial, bem
como, se todos os componentes estão instalados, acessíveis e identificados de
acordo com o definido no projeto. Já nos ensaios, começamos pelos previsto no
capítulo 7 da ABNT NBR 5410/2004 que são:
·
continuidade
dos condutores de proteção e das equipotencializações principal e suplementares
·
resistência
de isolamento da instalação elétrica
·
resistência
de isolamento das partes da instalação objeto de SELV, PELV ou separação
elétrica
·
seccionamento
automático da alimentação
·
ensaio
de tensão aplicada
·
ensaios
de funcionamento
Cada um destes itens tem seu
detalhamento definido na própria norma ABNT NBR 5410/2004.
Como colocar uma instalação de sistema fotovoltaico em funcionamento?
Da mesma forma, a ABNT NBR
16274/2014, traz os requisitos de verificação começando pela verificação geral
observando-se a conformidade do projeto em ensaios visual, conferindo se os
componentes da instalação possuem as características previstas no projeto e, neste
caso, é citado também a parte da instalação que será percorrida por corrente
contínua (CC), como o uso de condutores com isolamento apropriado, dispositivos
de proteção que atuem em corrente contínua, meios de desconexão adequados,
entre outros.
Um ponto importante nesta inspeção
visual é identificar se as caixas de junção possuem informação visível de que,
mesmo depois de desconectado o inversor, há energia, pois o sistema é
alimentado por arranjo fotovoltaico. Inspeções mecânicas também devem ser
realizadas contemplando a fixação dos módulos, ventilação para evitar
sobreaquecimento e, se necessário, o cálculo de carga mecânica acrescida no
ponto de instalação.
Para os ensaios é necessário escolher
os equipamentos adequados e que atendam às especificações de corrente e tensão
que serão verificadas, levando em consideração a parte CC ou CA da instalação.
Basicamente, os ensaios partem dos mesmos previstos na ABNT NBR5410/2004
seguido de ensaios específicos, como ensaio de polaridade, da caixa de junção,
ensaio de corrente operacional ou curto-circuito e ensaio de tensão de circuito
aberto. Estes dois últimos podem ser obtidos em um ensaio de curva IV. Para
sistemas maiores ou mais complexos, há a necessidade de se realizar um ensaio
termográfico usando câmeras por infravermelho.
Quer saber mais sobre esse tema?
Clique aqui
e navegue pelos conteúdos da Fluke Academy!
Leia também:
NR
12: Importância da norma para o setor de energia
Siga nossa página no Facebook e Linkedin
Deixe seu comentário