
Um dos itens fundamentais da verificação da instalação
elétrica, baseada no capítulo 7 da ABNT NBR 5410/2004 – versão corrigida 2008,
é a Verificação Final, que busca oferecer ao cliente a garantia de que tudo o
que foi projetado e construído esteja de acordo com a norma técnica referida.
Já tivemos a oportunidade de discorrer sobre este tema em outros
artigos, e neste vamos tratar especificamente de um dos ensaios
previstos para a verificação da instalação elétrica: a continuidade dos
condutores de proteção.
Para realizar este ensaio é necessário um
equipamento que meça a resistência Ôhmica, instrumento conhecido na maioria das
vezes como Ohmímetro. Um dos requisitos para este equipamento é ter fonte de
tensão entre 4 e 24 volts e capacidade de corrente de, no mínimo, 200 mA. Com este
tipo de equipamento e de posse do diagrama da instalação elétrica, é preciso
identificar os trechos de condutores de proteção que serão medidos, começando
por todos os pontos de conexão do sistema de aterramento com os componentes da
instalação. No caso de instalações prediais, por exemplo, todas as tomadas, que
devem ter o pino central ligado ao condutor de proteção, e o seu caminho, ou
seja, se em um circuito existem 3 tomadas fixas, devemos fazer a medição de uma
tomada contra a outra, avaliando a continuidade do condutor e se este foi
conectado à tomada. A partir deste ponto, o condutor de proteção deve ser
ligado à um barramento de equipotencialização, seja local ou principal. Só então
a medição entre as tomadas e o barramento citado deve ser realizada.
Da mesma forma, devem ser avaliados cada ponto
de distribuição do condutor de proteção, analisando os caminhos, desde o ponto
de conexão com o equipamento, dispositivos, etc., independente de existir ou
não tomada, até o ponto de conexão com o barramento (BEL – Barramento de
equipotencialização local ou BEP – Barramento de Equipotencialização
Principal). Esta verificação vai garantir que em toda a sua extensão haja
continuidade (baixa resistência ôhmica), e assim, garantir que o sistema
funcione corretamente. Após esta conexão com o BEP/BEL, é necessário avaliar a
continuidade do caminho até o eletrodo de aterramento, por isso, se a conexão
for com um BEL, deve haver um condutor interligando o BEL ao BEP e outro
condutor interligando o BEP ao eletrodo.
O ensaio de continuidade deve ser efetuado em
todos os ramais de aterramento, ou seja, desde cada um dos componentes até a
conexão com o eletrodo de aterramento, que deve estar de acordo com as normas
técnicas aplicáveis. É importante ressaltar que este ensaio deve ser realizado
com os circuitos desenergizados.
Um equipamento de qualidade garante que as
medições serão precisas, portanto escolha o ohmimetro correto e adequado para a
aplicação. Quer saber
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Leia também:
NR
12: Importância da norma para o setor de energia
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