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06/09/2022 às 18h56
Quem é responsável pela segurança elétrica no local de trabalho?
Quem é responsável pela segurança elétrica no local de trabalho?

Quem trabalha com equipamentos elétricos ou eletromecânicos sabe que a segurança é um fator primordial. Porém, definir as etapas que geram um ambiente de trabalho seguro requer uma perspectiva ampla. Para isso, existem diversas normas e procedimentos que estabelecem as melhores práticas no local de trabalho, que os profissionais devem aprender e adotar. Além disso, existem normas para as ferramentas utilizadas por esses profissionais para realizar seu trabalho. Mas, no final das contas, quem é responsável pela segurança elétrica no dia a dia e no ambiente de trabalho industrial?

De fato, uma sólida cultura de segurança no local de trabalho é fundamental. Portanto, existem algumas linhas de responsabilidade muito evidentes encontradas em diversos grupos que se fazem necessárias para criar e manter um local de trabalho seguro e saudável.

A segurança do trabalho é responsabilidade de todos

Liderança da empresa: Atualmente, o Brasil conta com algumas comissões, normas e leis que visam garantir maior segurança do trabalho industrial, como a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), a NR-12 (Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos), a NR-6 (Equipamento de Proteção Individual), entre outras. No entanto, além de simplesmente cumprir os regulamentos, a liderança das empresas precisa fazer da segurança um valor fundamental, comunicando-se com os funcionários em todos os níveis – hierarquia e gestão – e, salientando que trabalhar com segurança em todas as tarefas é a maior prioridade da empresa.

Recursos Humanos: Certamente este é o departamento responsável por ajudar a criar uma cultura de segurança. Da definição de políticas de contratação, até a realização da avaliação em cada etapa do processo para constatar as qualificações dos candidatos, o RH desempenha um papel fundamental na criação de um ambiente propício à segurança no local de trabalho. Uma de suas iniciativas pode ser a criação de um programa de contratação seguro que os ajude a evitar más decisões de contratação que podem resultar em riscos legais e financeiros.

Gestor de segurança: Os gestores de segurança são responsáveis pelo panorama geral da segurança elétrica. Eles criam políticas, com base em pesquisas de segurança atualizadas, para eliminar os riscos no local de trabalho. Também treinam os funcionários para garantir que as políticas e procedimentos sejam seguidos. São os responsáveis ainda por manterem os registros precisos e atualizados para documentar a conformidade da empresa com os regulamentos de segurança relevantes, bem como documentar e investigar circunstâncias relacionadas a acidentes e doenças no local de trabalho. Com base nos resultados dessas investigações, os gestores de segurança podem recomendar mudanças na administração para criar um ambiente de trabalho mais seguro.

Supervisores: Possuem a responsabilidade diária de manter o bem-estar e a produtividade de seus funcionários. Parte dessa responsabilidade envolve conscientizar os colaboradores sobre o treinamento necessário para realizar suas tarefas, e garantir que eles levem o treinamento e as medidas de segurança a sério. Os supervisores precisam assegurar que estejam atribuindo atividades a trabalhadores devidamente qualificados, bem como criar uma cultura em que os procedimentos de segurança sejam automatizados. Além disso, acima de tudo, os supervisores devem criar um ambiente em que os funcionários se sintam à vontade para relatar condições inseguras no local de trabalho, sem medo de represálias.

Trabalhadores Individuais: Os colaboradores individuais da empresa provavelmente possuem a maior parcela de responsabilidade pela sua própria segurança no local de trabalho. Independentemente de quantas políticas de segurança elétrica sejam estabelecidas ou dos EPIs fornecidos, se os trabalhadores não seguirem os procedimentos de segurança e usarem o EPI adequado, as políticas serão inúteis. Embora seja tentador usar atalhos para realizar tarefas com mais rapidez, ou não usar todo o EPI necessário por conta de pressa ou desconforto, no fim das contas é a vida de cada indivíduo que está em jogo. 

Sendo assim, algumas práticas comuns que podem melhorar a segurança no campo e devem sempre serem relembradas:

  • Siga fielmente os procedimentos adequados de bloqueio/etiquetagem;

  • Sempre inspecione adequadamente os instrumentos de teste e pontas de prova, verificando a existência de danos ou contaminação;

  • Não utilize equipamentos de teste desatualizados ou defeituosos. As ferramentas de teste atuais oferecem novos recursos de segurança que podem ajudar a evitar uma visita ao pronto-socorro;

  • Sempre use ferramentas de teste com classificação adequada para a tarefa em questão. Certifique-se de que sua ferramenta de teste tenha a classificação CAT correta para cada tarefa realizada;

  • Procure substituir sempre fusíveis originais por fusíveis autorizados e do mesmo tipo;

  • Não trabalhe em circuitos energizados, a menos que seja absolutamente necessário. Caso tenha que trabalhar em um circuito energizado, use ferramentas devidamente isoladas, siga todos os procedimentos de preparação e utilize EPI adequado.

Normas de segurança e conformidade

Diversas organizações criam normas de segurança para fabricantes de ferramentas e equipamentos. Entre elas, estão a Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC), a National Fire Protection Association (NFPA) e a Canadian Standards Association (CAS).

Uma das normas mais importantes para equipamentos de testes elétricos é a norma de segurança de produto IEC 61010, que estabelece a Categoria de Medição (CAT) e as classificações de tensão para ambientes elétricos. Essas classificações (CAT II, CAT III e CAT IV) identificam o nível de transiente de tensão que as ferramentas de testes elétricos foram projetadas para suportar. Quanto maior a classificação CAT, maior o nível de tensão para a qual a ferramenta foi classificada.

Uma observação interessante sobre as normas de segurança para ferramentas e equipamentos é que os órgãos que estabelecem as normas não são responsáveis por aplicá-las. Portanto, além de cumprir as normas de projeto e fabricação dos instrumentos, cada fabricante deve ter seus instrumentos certificados por pelo menos uma agência de testes independente, como a CSA, Underwriters Laboratories (UL), TÜV (Technischer Überwachungs-Verein) e ETL/ Intertek.

A Fluke possui seu próprio Laboratório de Conformidade de Produto onde, como parte do processo de desenvolvimento, uma equipe de engenheiros de segurança realiza testes nos instrumentos Fluke em pelo menos um nível acima do exigido pelas normas. Isso permite que a Fluke identifique falhas ou erros de projeto, para que possam ser corrigidos no produto final. Além disso, o Laboratório de Conformidade de Produtos Fluke é auditado regularmente para garantir que atenda aos requisitos das normas e reguladoras de testes nacionais e internacionais.

Dessa forma, a Fluke tem sempre contribuído para um mercado de trabalho mais seguro e confiável, com ferramentas de testes e medição de qualidade e atuais. Para conhecer todos os produtos da Fluke e seus atributos de segurança, clique aqui.

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