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23/02/2021 às 23h24
O impacto do encerramento da operação da Ford no Brasil para o futuro da Indústria 4.0
O impacto do encerramento da operação da Ford no Brasil para o futuro da Indústria 4.0

No início de janeiro, a montadora estadunidense de veículos Ford anunciou o fechamento de suas fábricas no Brasil após um século de história em solo brasileiro. Embora a Ford tenha declarado que não sairá oficialmente do país, a decisão do encerramento da operação em suas fábricas reflete uma transição no mercado brasileiro, em que marcas tradicionais abrem espaços para novas marcas emergentes que estão dividindo o posto de produção com a Ford até o momento.

No entanto, devemos considerar que no montante a Ford empregava pouco mais de 6 mil funcionários e produzia aproximadamente 120 mil veículos por ano, o que resulta em uma cadeia de consumo e fornecimento enorme por trás de sua operação. Mesmo com outras marcas de veículos suprindo parte do fornecimento, a Ford continuará a importar peças e carros principalmente de sua fábrica na Argentina, o que leva o investimento para fora do país.

A Ford é pioneira quando falamos da indústria automotiva, não apenas no Brasil, mas em âmbito global. Não há como falar em carros sem vincular o assunto ao nome da marca. Todavia, a empresa vem tentando acompanhar a revolução vivida no setor, o que têm sido o principal desafio da marca nos últimos anos, equiparar ou até superar o desenvolvimento tecnológico de suas concorrentes.

Em 2020, a Ford compôs somente 7% das vendas nacionais de carros, portanto sua saída do Brasil deve ter efeitos limitados de médio a longo prazo sobre a disponibilidade de carros no país, uma vez que dentro do setor nacional há outras empresas com capacidade suficiente para atender a demanda deixada pela Ford.
Quem sentirá mais o impacto serão as empresas de aluguel de carros e revendedoras de seminovos, como Localiza e Unidas, que têm suas frotas representadas por respectivamente, 14% e 12% de veículos da Ford.

A relação da Ford com a Indústria 4.0 e o futuro do setor em 2021

Chamamos de Quarta Revolução Industrial ou Indústria 4.0 os conceitos que englobam o tratamento de dados junto à automação. Muitas empresas, principalmente do ramo fabril, utilizam este método para otimizar ao máximo seus gastos com consumo e troca de materiais e, ao mesmo tempo, evitar paradas não programadas para reparos e manutenções.

Entre os séculos 19 e 20 Henry Ford implementou o modelo de produção em larga escala, entretanto essa ação foi realizada durante a Segunda Revolução Industrial, sendo que o mundo já passou pela terceira e encontra-se em viés transitivo para ingressar na Quarta Revolução Industrial. A mudança teve impacto nos modelos de negócio da época e é bem provável que a empresa já fizesse uso dos conceitos de manutenção prescritiva.

Nesse sentido, o ano de 2020 de certa forma preparou todos os modelos de negócio da indústria brasileira para uma tendência que vinha enfrentando certa resistência: a transformação digital dentro das indústrias. O ano de 2021 será um desafio para empresas do setor lidarem com seus concorrentes de maneira competitiva caso não se adaptarem ao processo de mudança para a digitalização na indústria 4.0.

De acordo com um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), empresas com duas ou mais tecnologias ligadas à indústria 4.0 dentro dos seus processos de produção e manutenção de equipamento têm maior índice de lucratividade, além de melhores perspectivas e capacidade de adaptação do negócio em situações controversas.

A pesquisa também aponta que a inovação e o aumento da produtividade serão dois fatores vitais para a retomada da indústria no Brasil em 2021. E podemos dizer que foi durante a pandemia enfrentada que percebemos a capacidade que a nossa indústria possui de se inovar e assimilar novas tecnologias para desenvolver produtos. Mesmo assim ainda há uma evidente necessidade de renovação da indústria, além do aumento da capacidade industrial, o que de certa forma está diretamente ligado à indústria 4.0.

Colocando a Indústria 4.0 em prática

De maneira muito pontual, a implementação da indústria 4.0 exige um banco de dados de informações relacionadas à atividade. De certa forma, o caminho para a manufatura avançada não compreende somente adotar tecnologias como a inteligência artificial e big data. É necessário entender que além destes aspectos, será imprescindível a qualificação de profissionais para realizar a manutenção e implementação destas ferramentas, além de tomar decisões com base nestes dados. O maior desafio compreendido pela indústria nacional é entender o investimento envolvido nas ferramentas e treinamentos necessários em relação ao RSI (Retorno sobre investimento).

A Fluke é lider no fornecimento de ferramentas de medição, o que sabemos ser sinônimo de confiabilidade na aquisição de dados. Além de ferramentas conhecidas como “Dataloggers” que são registradores de dados, possuímos equipamentos com a tecnologia do Fluke Connect.

O Fluke Connect é um sistema em nuvem que opera em conjunto com alguns equipamentos dentro da linha da Fluke. Isto dá autonomia para profissionais trabalharem com o registro de dados em nuvem de maneira simples e clara, sem que precisem carregar um relatório ou uma caderneta física com o intuito de registrar estas informações. Além de ter a possibilidade de compartilhar essas informações entre usuários na mesma planta, agilizando a comunicação e tomada de decisão com base no histórico de medições, evitando prejuízos e trazendo economias.

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